Na vida dos lusitanos, havia algo de extrema importância que os fazia venerar Quangeio: os cães.
Exemplos da lealdade, amizade, proteção e felicidade, assim são os nossos melhores amigos tal como é Quangeio, o Deus lusitano dos cães. O seu nome deriva da palavra indo-europeia para "cão", o que nos leva à conclusão do lado canídeo deste Deus. Por esta ligação aos animais, é também considerado um Deus das florestas, montanhas e fertilidade. O seu papel como Deus Canídeo inclui também uma vertente de saúde, como cuidador dos humanos e seus animais companheiros.
Também conhecido como Tangus ou Tongos, que vem da palavra para "juramento" - reforçando a sua ligação a lealdade e verdade. Este epíteto revela também a sua relação com a Deusa Nabia como possíveis consortes, pois na inscrição da ara à Deusa aparecem juntos como Tongusnabiacus.
Muitos comparam a sua relação à dos Deuses celtas Nantosvelta e Sucellus, sendo estes também respetivamente uma Deusa da água e um Deus das florestas - e também venerados por alguns lusitanos. Nabia e Quangeio podiam ser uma variação mais local destes Deuses. Devido a esta comparação a um par de Deusa Mãe e Deus Pai, é possível que Nabia e Quangeio sejam o casal que reina o panteão lusitano, em vez de Endovélico e Ataegina, que ficariam como Deuses do Submundo. Também existe possível ligação ao Júpiter romano que apoia esta teoria.
Conhecemos onze aras a Quangeio: em Portugal, duas em Sabugal, duas em Penamacor, uma em Fundão, três em Nisa, uma em Borba, e na Espanha, uma em Cáceres e uma em Ourense, estando este Deus mais concentrado na zona de Castelo Branco.
Como seu símbolo temos, claro, o cão. Podemos considerar ainda em especial os cães de raça portuguesa, como o Cão da Serra da Estrela, Cão de Água, os Rafeiros Alentejanos e Podengos. Nenhum outro símbolo é conhecido, mas é possível criar ligação com a planta do manjericão, que, para além de ter cão no nome, é uma planta que os nossos amigos de quatro patas podem comer e faz bem à saúde, não só a deles, como a nossa, e é espiritualmente utilizada para proteção. As suas cores principais seriam o castanho e o branco, as cores predominantes nos cães portugueses, o castanho com simbologia de animais, estabilidade, confiança e proteção, e o branco com simbologia de cura e também proteção. Quanto a astrologia, podemos associar a Virgem ou Capricórnio, e em numerologia, os números 4 e 6.
A melhor maneira de venerar este Deus é dando amor e carinho aos nossos melhores amigos felpudos. Se não se tiver um em casa, doar e ajudar em canis. Em comunicação com este Deus, é uma boa sugestão estender a mão como quem cumprimenta um cão. Podemos ainda celebrar este Deus durante a Canícula, relacionada à constelação do Cão Menor, de final de Julho a meados de Agosto.
Ofertas podem incluir figuras de cães, biscoitos de cão, folhas de manjericão, pelos de cães obtidos penteando os nossos animais, e muitas festinhas dadas a cada cão que encontramos no nosso caminho.
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♬ som original - Rosa🧚♀️
Referências:
https://omoledro.wordpress.com/deuses-ibericos/
Ohhhh! Que fofo...
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