Quando os guerreiros Lusitanos levantavam as suas armas, um Deus estava sempre com eles: Cosus, o Senhor da Guerra Lusitano.
Cosus, Coso ou Cossue significa "reunião" ou "confluência de rios". No entanto, é através do seu epíteto Coso Marti que é revelado mais acerca deste Deus. Seria uma divindade da batalha e guerra, chamada quando os lusitanos tinham de lutar ou estivessem a treinar para futuras batalhas.
O seu nome sugere que Cosus não seria um Deus da guerra como Marte, ou até Ares (que também era venerado na Lusitania sob o epíteto Ares Lusitani, cujas vertentes, tais como as de Cosus, são encontradas em Marte), no sentido de estes Deuses Romanos e Gregos representarem a violência e chacina da guerra, a necessidade da humanidade de lutar. Cosus, pela sua ligação à união e aos rios, representa o sentimento de irmandade que se cria dentro de um exército, a união criada por um povo por querer lutar pela sua gente.
Cosus tem ainda uma variação: Cossunea. Esta seria ou uma consorte, ou uma versão feminina do Deus da Guerra, venerada pelas mulheres guerreiras lusitanas, que lutavam lado a lado aos homens. Num culto moderno, esta função de Deusa da Guerra é assumida por Trebaruna, apesar desta não ter nenhumas correspondências marciais na antiguidade.
Existe quem proponha ainda que Cosus teria uma função semelhante a Bandua, da qual falaremos na próxima publicação, visto que estes Deuses não eram venerados nos mesmos territórios, podendo ser dois Deuses da comunidade, união e família com funções de proteger a mesma. No entanto, visto que estamos a traduzir estes Deuses para paganismo moderno, atribuir-lhes funções distintas fará mais sentido, até devido a Cosus ter tantas ligações com Marte, colocando-o mais fortemente como Deus da guerra.
Existem 19 aras a Cosus com diferentes epítetos, estando estas concentradas do rio Douro até à Corunha. Em Portugal, encontramos este Deus na região do Porto.
O símbolo mais óbvio que temos para este Deus são as armas lusitanas: o escudo, a espada, a lança. Como animal propõe-se o cavalo, devido à utilização história deste na guerra bem como pela sua simbologia de força, resistência e bravura. Como planta podemos sugerir a planta Ponta-de-Flecha, que apesar de não natural a Portugal ou Espanha, é uma planta que cresce em rios e se assemelha à ponta de uma flecha ou lança, e muito fácil de se manter em casa. Já quanto a cores, a cor tipicamente associada à guerra é o vermelho, mas podemos propor ainda tons acobreados e beges, bem como o azul devido à ligação a rios. Signos temos Carneiro e Sagitário, e números 1 e 6.
Formas de venerar Cosus num culto moderno é mostrar o nosso apoio por soldados e vítimas de guerra, ou manter um espírito lutador e de competição saudável, bem como lutar pelas pessoas que amamos. Podemos ainda rezar ou pedir a proteção de Cosus face a conflitos, sejam estes físicos ou não, ou para proteger familiares que sejam militares.
Boas ofertas a este Deus são: réplicas de armas lusitanas, figuras de guerreiros lusitanos, figuras de cavalos, velas vermelhas, água de rio, e atos que demonstrem o nosso espírito guerreiro.
@probablysininho O Deus Cosus | Próxima: A Divindade Bandua #DeusesLusitanos #paganismo #witchtok #witchtokportugal #lusitano ♬ original sound - Rosa🧚♀️
Referências:
https://omoledro.wordpress.com/deuses-ibericos/
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