Um Deus menor no panteão lusitano é Aernus, que voa pelos céus na direção do vento.
Aernus ou Aerno vem do termo para "ir", que coloca este Deus como um possÃvel Deus aéreo do movimento no panteão lusitano. Este Deus seria venerado apenas por uma tribo, os Zoelas, mas isso não diminui a sua importância entre pagãos modernos.
Para além da ligação ao movimento, nos seus altares estão representados pinheiros, que sugere uma ligação à vegetação e à época fria. Teria também uma ligação ao sol e ao céu, de onde vem a ideia moderna de Aernus como Deus dos ventos. Curiosamente esta ideia de Aernus como Deus dos ventos é a mais prevalente entre pagãos modernos, bem como a de Aernus como Deus da luz e trovões, apesar de não existirem referências para o mesmo na antiguidade, à semelhança do que acontece com Trebaruna ser considerada uma Deusa da guerra.
A sua associação ao sol pode sugerir uma ligação a Lugus, o Deus celta do Sol, que por sua vez também era ligado a Mercúrio, o Deus romano mensageiro, cuja imagem é de um jovem com asas nos pés, que pode ser outra origem da vertente aérea deste Deus, sendo ele associado a movimento tal como Mercúrio.
As poucas aras que conhecemos de Aernus são todas localizadas em Bragança.
O seu sÃmbolo principal não é algo que deve ser ignorado. O pinheiro é das únicas árvores que sobrevive as condições agrestes do inverno, ligado à longevidade. Também é uma árvore associada com o Deus nórdico Freyr, que também é um Deus da luz. A tradição popular do pinheiro de natal pode ser uma mantida no paganismo lusitano em honra deste Deus, bem como a utilização do pinhão para o representar. Outro sÃmbolo que podemos considerar é o sol, penas ou asas para simbolizar o movimento, e um raio para a luz. Como suas cores, podemos considerar o branco e azul para as vertentes de ar e movimento, e o verde e dourado para a vegetação e sol. Já signos, temos Balança e Virgem, e números 1 e 9.
Aernus pode ser venerado como um Deus do movimento e viagens, um Deus do inverno, um Deus do Sol ou um Deus dos ventos. Estas diferentes vertentes de Aerno podem ser veneradas separadamente, mas também juntas. Aernus é o sol do inverno, as árvores que crescem independentemente do frio, e o vento que leva as sementes para o solo a preparar a primavera. Aernus simboliza a esperança de vida na estação fria, e a vida que se prepara para crescer sob o solo morto.
PossÃveis oferendas para uma adoração neo-pagã são: pinhões, agulhas de pinheiro, velas brancas ou douradas, penas, especialmente de pássaros de inverno, figuras de sol ou pinheiros, incensos, ajudar o solo a preparar-se para a primavera limpando neve ou folhas mortas, brincar na neve ou assobiar ao vento.
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Referências:
https://omoledro.wordpress.com/deuses-ibericos/
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